A velocidade é um dos principais fatores de risco no trânsito urbano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de morte em atropelamentos é 5 vezes maior quando a velocidade do veículo passa de 50 km/h para 80 km/h.
Em cidades brasileiras, onde a convivência entre carros, pedestres, ciclistas e motos é intensa, reduzir o limite de velocidade é mais do que uma escolha técnica — é uma decisão de salvar vidas.

O que dizem os dados?
A redução de velocidade em vias urbanas tem impacto direto na redução da gravidade e da frequência dos acidentes. Veja alguns dados relevantes:
- Cidades que adotaram limites mais baixos, como São Paulo e Fortaleza, registraram quedas de até 30% no número de mortes no trânsito.
- A chance de um pedestre sobreviver a um atropelamento a 30 km/h é de cerca de 90%, enquanto a 60 km/h cai para menos de 20%.
- A ONU recomenda o limite de 30 km/h em zonas residenciais e escolares como padrão global.
Esses números mostram que essa não é apenas uma medida técnica, mas uma ação estratégica de segurança pública.
Reduzir a velocidade melhora a mobilidade?
Pode parecer contraditório, mas sim — reduzir a velocidade média melhora o fluxo e a mobilidade urbana. Isso acontece porque:
- Diminui o número de colisões e interrupções no trânsito.
- Aumenta a previsibilidade dos deslocamentos.
- Cria um ambiente mais seguro para todos os modais, incluindo bicicletas e patinetes.
Além disso, vias com velocidade moderada incentivam o uso de transportes mais sustentáveis, como caminhar ou pedalar, o que reduz a poluição e o sedentarismo.
Não é só uma questão de multa
Muitas pessoas associam a redução de velocidade apenas ao aumento de fiscalização e multas. Mas o verdadeiro objetivo é proteger vidas — inclusive a sua.
Quando um motorista respeita o limite, ele não está apenas evitando penalidades: está ajudando a construir um trânsito mais humano, empático e funcional.

Quem mais se beneficia?
A redução de velocidade protege especialmente os mais vulneráveis:
- Crianças e idosos, que têm menor capacidade de reação e resistência física.
- Ciclistas e pedestres, que não têm carroceria para protegê-los.
- Motociclistas, que lideram o número de mortes no trânsito em muitas cidades brasileiras.
Respeitar limites e reduzir a velocidade salva vidas que talvez você nem veja — mas que contam com sua responsabilidade.
O que as cidades podem fazer?
Além da simples alteração de placas de limite, as cidades devem investir em:
- Campanhas educativas contínuas
- Sinalização clara e acessível
- Redutores de velocidade inteligentes
- Urbanismo tático: calçadas maiores, faixas elevadas e áreas de convivência
E o motorista, o que pode fazer?
Você, motorista, tem um papel fundamental:
- Esteja sempre atento à sinalização
- Respeite os limites mesmo onde não há radar
- Lembre-se que 10 km/h a menos podem significar uma vida a mais
- Pratique direção defensiva

Conclusão
Reduzir a velocidade nas vias urbanas não é apenas uma mudança de número nas placas — é uma mudança de cultura. É sobre cuidar da vida, melhorar a convivência no trânsito e tornar as cidades mais humanas e seguras.
Na Assegura Brasil, acreditamos que proteger vai muito além do carro. Também é sobre consciência, respeito e responsabilidade no dia a dia. Por isso, apoiamos ações e conteúdos que promovem um trânsito mais seguro para todos.
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